domingo, 20 de setembro de 2015

Impossibilidades


Você ama alguém impossível? Desejas alguém que não te dá a mínima? Parabéns você não está só. Somos muitos, gostamos —inconscientemente — de gostar de pessoas impossíveis. Posso até parecer pessimista, mas é verdade tudo o que falei.
Padecemos muitas dores. E nossa pior e mais terrível dor está em amar os impossíveis. A gente tem a noção de que mesmo que amemos um ser (iluminado) que nunca, mas nunca mesmo, vai sentir nem um terço por você, mas a — ilusória — esperança te faz arriscar ainda mais... coitado! Te arriscas a perder a amizade conquistada a duras penas. Te arriscas, te arriscas, te arriscas... te arriscas em silêncio.

        É um amor travestido de vergonha, não tens coragem de declarar, é como um segredo de leito da morte. Você nem ousa contar isso a alguém, é como se fosse segredo de Estado. É delicado demais para ser divido com outra pessoa.
        Quando alguém ama assim apenas desistir é o que resta. Em vão é a luta! Entregue os pontos — desistir às vezes é sinônimo da maior coragem. Tu nunca farás parte do casal de mocinhos da trama, no mínimo, serás a tia Cora, o vilão. Tem dor maior que essa? Vocês podem ser bests friends forever, podem contar tudo um para o outro, podem amar o mesmo gênero musical e cantores, podem ter um monte de amigos em comum, mas esse amor é impossível.
Só há uma alternativa: se afastar e — o mais difícil — se conformar. Num mundo cheio de contos de fadas, comédias românticas repletas de estórias impossíveis, se conformar é quase que impossível. Nosso desejo é mostrar a ela(e) que ela(e) pode ser mais feliz, que você pode ajudar a trazer a felicidade. No entanto, isso é uma verdade relativa e unilateral, só pertence a você! É duro admitir, mas isso é pura ilusão da nossa cabeça romântica, utópica e sonhática.

  Não adianta se martirizar, se encher de questionamentos, declarar guerra contra si mesmo, isso é tão inútil quanto a reforma ortográfica. É para a espera que devemos ir. A espera que esse amor passe, suma, se dilua na realidade, que esse amor morra! Por enquanto chorar pode ser um bom remédio, chorar de vergonha, de amor. Chorar até esse amor decidir ir embora. Mas esse choro deve ser escondido, longe de holofotes para que demonstres tua força e aparente despreocupação.

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