sábado, 26 de setembro de 2015

Entre o amor e a amizade


A amizade (de verdade) é o forte da adolescência, é o lugar onde nos protegemos das decepções. Por isso (e outras coisas), tememos em colocar toda a amizade por água abaixo, isso é normal. Não queremos perder o que nos faz bem. Aí, quando a amizade vai bem, muito bem, de repente começamos sentir algo diferente por nossa/o amiga/o. E o medo de comprometer a amizade aumenta.

 O medo de arruinar a amizade é uma desculpa esfarrapada. A gente sempre pensa que pode fazer a pessoa mais feliz do que é (e eu diria muito mais feliz). Lá no fundo, nós temos a certeza disso. Tomamos um gole de confiança e de orgulho e depois estamos convictos de que somos os melhores para isso. Mas o medo ainda é muito grande.


A gente deixa de falar aquilo que sentimos (mesmo dizendo que confiamos na pessoa), porque a gente tem medo, medo de levar um fora. Não adianta vir me dizer que é pra salvar amizade,  preservar a história linda de dois amigos. Não adianta vir me dizer que está sendo generoso e que faz o que faz pelo bem dos dois. Desculpas, desculpas e mais desculpas! Essa é uma das faces mais horríveis da covardia, a face que se esconde atrás da máscara da timidez.

Passam horas, dias, meses, anos e a gente cheio de hesitações, dúvidas e incertezas. Sofremos à toa (ou como diria alguém antigamente: nosso sofrimento é debalde). Nossa tortura emocional não tem motivação. Na amor, não existe essa de pagar fiado, tudo é à vista. Tem que falar na hora senão acontece uma reviravolta e o sentimento muda e vira ressentimento (isso é péssimo).

Não sofra bancando alguém forte e inflexível, esclarecida e sempre disponível, mas que lá dentro está morrendo e se mordendo de ciúmes — nunca pensei que falaria isso. Antes de se conformar com “não fomos feitos um para o outro”, liquide todas as possibilidades de provar o contrário. Solte logo as três palavras redentoras. Ninguém é mais forte do que o amor!


Agora, se você é covarde como eu, infelizmente não posso lhe ajudar mais do que dizer: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.”

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